Maior renda entre os times do sul de Minas

Maior renda entre os times do sul de Minas

Tricordiano joga menos em casa, mas lucra mais que rivais 

Galo de Três Corações teve mais que o dobro da receita de Boa Esporte e Caldense; equipe de Varginha, no entanto, teve maior média de público durante o Mineiro

Por Três Corações, MG
Tricordiano foi equipe do Sul de Minas que mais lucrou com bilheteria no Campeonato Mineiro (Foto: Reprodução EPTV)
O Campeonato Mineiro 2016 fez com que o Sul de Minas, pela primeira vez com três times na divisão principal, visse a rivalidade entre os clubes da região crescer. O Tricordiano, disputando o Módulo I pela primeira vez, soube aproveitar a empolgação da torcida para não só empurrar o time em campo, mas também para ajudar a fechar as contas do clube.
Com isto, mesmo tendo menos jogos do que Boa Esporte e Caldense como mandante, o Galo de Três Corações não decepcionou e terminou o Estadual com mais do que o dobro de lucro com bilheteria do que os rivais. Conforme levantamento feito pelo GloboEsporte.com, em cinco jogos, o clube teve uma arrecadação líquida de R$ 78,2 mil, contra R$ 31,3 mil da Veterana e R$ 29,6 mil do time de Varginha, que fizeram seis jogos em casa.
Allano Cruzeiro na partida contra o Boa Esporte (Foto: Washington Alves/ Light Press)Boa Esporte foi quem mais atraiu torcedores ao estádio no Sul de Minas (Foto: Washington Alves/ Light Press)
Média de público
Quando se trata de média de público, no entanto, o líder é o Boa, que mesmo terminando rebaixado no Mineiro, contou com 2.210 torcedores por partida. O bom público leva em conta a partida contra o Cruzeiro, que registrou 4.802 torcedores. Enquanto isto, a Caldense teve a melhor campanha, terminando em 5º na tabela e conquistando tanto uma vaga para a Série D, como para a Copa do Brasil, mas com a pior média de público, apenas 1.581 pessoas por jogo.
O Tricordiano é um caso à parte neste sentido. O clube, contando os cinco jogos como mandante, teve média de 1.979 torcedores. Contudo, dois destes jogos tiveram de ser feitos longe de casa, já que as cabines de transmissão do estádio Elias Arbex não haviam sido aprovadas. Portanto, se considerarmos apenas os jogos feitos em Três Corações, a média sobe para 2.545 adeptos por partida, superando até a média do Boa Esporte.
Aproveitamento
O apoio da torcida ajuda, sem dúvida, mas não foi garantia de sucesso para os times da região no Estadual. A Caldense, por exemplo, teve pior média de público, mas o melhor desempenho como mandante, com 66,7% de aproveitamento. O número superou o Boa, que teve 50% dos pontos conquistados, e o Galo sulmineiro, com 46,7% de aproveitamento.
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A saga do time mais bagunceiro da paróquia

A saga do time mais bagunceiro da paróquia





MEIA ENCARNADA








TEXTO DE THALES MACHADO, A CONVITE DO BLOG

Não se trata de defender ou achacar os estaduais. A discussão não é essa. Não há, aliás, discussão nenhuma nas palavras que se seguem. Tem história. Daquelas que passam despercebidas porque simplesmente os times passam despercebidos. Não importam para quase ninguém e só ganham destaque por bizarrices, como o jogador que pede a mulher em casamento usando uma CANELEIRA. Só que, enquanto você está aí sofrendo sem nenhuma emoção pela classificação do seu Palmeiras, achando que há um problema sério de verdade nos bastidores do seu Fluminense, se perguntando contra quem mesmo é que seu time venceu sem nenhuma emoção na semana passada, times pequenos, envoltos em seu próprio microcosmo de saga e drama, passam e perpassam pelas rodadas dos campeonatos com verdadeiras histórias, boas demais, dependendo de quem conta e de quem ouve.

Conto a do Tricordiano, um pouco longa, peço paciência, mas é a saga de um time que passou e perpassou pelos onze jogos do Campeonato Mineiro com uma inocência quase burra que só poderia mesmo dar certo. Vai muito além do 4 a 2 contra o Galo que você viu em todo lugar. E o melhor tá no que você não viu: jogou, ganhou, perdeu, quase caiu, surpreendeu e ficou. Mas o verbo no pretérito perfeito mais adequado ao time de Três Corações é um só: bagunçou. 

Ano passado, quando o Rudimar fez o gol do acesso do time contra o Araxá, ainda pela segunda divisão, escrevi este texto com cara de tratado sociológico barato sobre as relações do time e da cidade (vale ler!). Além de tergiversar, imaginei. Me iludi com a glória de ver o time na elite pela primeira vez depois de 22 anos, imaginei Galo e Cruzeiro vindo jogar na cidade que pararia por conta e, realista, já comecei a flertar com a ideia da queda à segunda novamente, já que o EFEITO IOIÔ nos estaduais é quase tão forte quanto a lei mais dura da física: tudo que sobe, cai, sabem bem os vascaínos, palmeirenses, botafoguenses e outros tantos.

Nada disso aconteceu. Rudimar, que no segundo semestre foi jogar no Uberaba pelo terceiro nível do futebol mineiro (onde também fez o gol do acesso), se encantou com o Triângulo Mineiro e preferiu disputar a segundona lá e o Tricordiano, sem ele, montou um elenco razoável com bons nomes como Bruno Moreno, Marcinho (baita jogador, observem, Série A), Juninho (ex-Galo, campeão mundial sub-20) e o glorioso LEANDRO LOVE. Com esses e outros tantos, e uma diretoria mais atrapalhada que a do Botafogo de 2014 (exagero), o Tricordiano traçou o caminho mais SUI GENERIS entre tantos interiores do nosso BRASILZÃO.

O começo

A pré temporada foi em Elói Mendes, uma cidade que poucos ouviram falar, e o técnico contratado foi Ney da Matta, nome conhecido no interior de Minas e que sobreviveu a exatos ZERO jogos. Sabe se lá o porquê, sabe-se poucos porquês da diretoria tricordiana, ele formou o elenco e foi mandado embora antes do primeiro jogo. Veio Josué Teixeira, com a batuta de ter sido campeão brasileiro da Série C pelo Macaé. O dinheiro vinha dos patrocinadores, com destaque para a prefeitura, que chegou até mesmo a tirar recursos do CARNAVAL da cidade para reformar o pequenino estádio Elias Arbex, adequando para exigências da primeira divisão, tentando dar um jeito no pasto que insiste ser o gramado, construindo ATÉ MESMO cabines de transmissão e iluminando novamente a cancha, que não recebia um jogo noturno desde 1995.

A prefeitura apoiou muito o time desde o ano passado e isso, claro, é polêmico. Atual prefeito, o Dr. Cláudio, tem uma administração que divide opiniões, TIPO A DILMA, e tem como fantasma na sua tentativa de reeleição em outubro o GORDO DENTISTA (sim, este é o nome de guerra), ex-prefeito, político muito popular na cidade, mas que parece não ser tão afeito a investimentos públicos no futebol profissional da cidade. O Tricordiano e o futebol por certo que serão pauta no pleito entre Dr. Cláudio versus Gordo, e os votos da população podem se basear em quem acha que o time é tão importante pra cidade que pode utilizar recursos de outras áreas contra quem acha que as prioridades são outras. Uma boa campanha do time no Mineiro era essencial para pretensões do doutor contra o dentista na campanha eleitoral.

Pois qual não foi o susto do prefeito quando se deu conta que as obras do estádio não ficariam prontas para a estreia, diante do Guarani de Divinópolis. Em um acordo com a federação, adiou-se o jogo, e o time estreou fora de casa, do ladinho, em Varginha, no clássico do Sul de Minas contra o Boa: derrota de 2 a 1 esquecida dias depois, numa bela vitória por 3 a 0 contra o Guarani em casa, DE NOITE, com o estádio iluminado e tudo. Bonito demais.

Com duas rodadas, por causa do saldo, o time pintou em terceiro lugar na tabela do campeonato, na frente até do Galo. Confesso: entrava mais de uma vez por dia no Globoesporte.com só pra ver a classificação bonita. Quase emoldurei. A empolgação era tanta que pensei até em virar sócio torcedor do time mesmo morando no Rio (nasci lá, morei por 14 anos em Três Corações e por outros 14 perambulo por aí sempre de olho no que acontece lá). Foi quando percebi a primeira peripécia da diretoria, e acho que foi a primeira vez que o Tricordiano foi notícia nacional. Fui ler os termos de assinatura do plano de sócio torcedor e percebo que simplesmente meteram um CTRL C + CTRL V nos termos do plano do Flamengo e esqueceram de tirar as referências ao clube carioca. Como botafoguense, quando o assunto é time MAINSTREAM, não poderia assinar um plano que tinha trechos que diziam que eu faria parte da NAÇÃO RUBRO-NEGRA. Não aconteceu.

O que não aconteceu mesmo, e foi triste, foi receber o Cruzeiro em Três Corações pela quarta rodada. As tais cabines construídas não estavam prontas e o time teve que procurar outro lugar pra jogar em seu primeiro jogo transmitido pela TV em mais de vinte anos. A escolha fácil era Varginha, a meia hora de carro, mas houve uma pedra no meio do caminho: a diretoria diz a algumas fontes que a rivalidade fez a prefeitura varginhense cobrar um absurdo pelo aluguel do estádio. Fontes ligadas à prefeitura da cidade vizinha falam que a AVAREZA da diretoria não permitiu o acordo: queriam o lucro dos bares , que são terceirizados, algo impossível.

Fato é que o jogo foi para Sete Lagoas, na Arena do Jacaré, distante e talvez o mais cruzeirense dos estádios fora de BH. Deu Cruzeiro, um a zero, apesar do domínio do jogo depois do gol ser tricordiano, com Dedé salvando uma bola no último minuto que relembrou a época em que ele eraUM DOS 100 MAIORES BRASILEIROS DE TODOS OS TEMPOS, segundo o SBT.


O meio

As derrotas para as fracas equipes da Caldense e da Tombense, fora de casa, ambas por 3 a 1, jogaram a equipe lá pra baixo da tabela e fizeram a diretoria defenestrar o técnico Josué Teixeira, o segundo demitido em cinco rodadas.

O novo treinador merece um parágrafo à parte.

Sente o drama: em 2015, na campanha que culminou no acesso do Galo Tricordiano para a elite do Mineiro, o time começou com um bom treinador, o Catanoce, que montou o elenco e vinha levando o time na liderança do Módulo II, a segundona. Aí, meio do campeonato, do nada, o Catanoce recebeu uma proposta do Uberlândia, um dos concorrentes por uma vaga na elite, e aceitou, mesmo o time do Triângulo Mineiro estando atrás na tabela. Mais grana, obviamente. Claro que Catanoce virou persona non grata em Três Corações. Traíra, abandonador de barco, mercenário, entre outros impropérios foram destinados ao treinador. Quando o time, já com um novo treinador, enfrentou o Uberlândia, comandado por Catanoce, em casa, a torcida fez um dos maiores infernos que já se viu destinado a um cidadão.

Foguetório no hotel, pressão no estádio, vários CAIXÕES na arquibancada com o nome de Catanoce logo acima da frase: “eu sei que você treme”, musiquinha entoada impacientemente na cabeça do treinador durante os noventa minutos. O Uberlândia começou muito bem no jogo, e logo abriu 4 a 0 no placar, no primeiro tempo. Em uma das reações mais incríveis que já se viu, o Tricordiano virou o jogo pra 5 a 4 no segundo tempo e a vida de Catanoce virou um inferno, precisando até de escolta da Polícia Militar para deixar o estádio. Era papo de foguete apontado para o cara.

Menos de um ano depois, com Tricordiano e Uberlândia na primeira divisão do mineiro, em cinco rodadas, o time de Três Corações tem só uma vitória. Demitem o treinador. Quem contratam? CATANOCE. A vida dá voltas, companheiro.

No comunicado postado no Facebook oficial do clube eles anunciavam que o novo treinador era o Sr. CatanoSSe, e não Catanoce, que é a grafia correta. Fui o primeiro a comentar falando que era amador errar o nome do próprio treinador na página oficial. Sou um torcedor COLABORATIVO, faço críticas construtivas. Trocaram. No jogo seguinte, estreia do treinador, contra o América-MG, com transmissão no Pay Per View, a equipe do Premiere também errou e escreveu Paulo César CATANÓCIO. Os caras do Facebook oficial do Tricordiano tiraram print e escreveram: “RECLAMA LÁ. VAI LÁ!”. Muito, mas muito carisma!


O jogo contra o América-MG era pra ser em Três Corações, mas a Globo falou “não” em uma vistoria às cabines, que estavam até ok, mas tinham esquecido de construir cabines para câmeras de impedimento do mesmo LADO do campo. O jogo foi pra Muriaé. Começou uma síndrome de perseguição que tinha lá sua dose de razão: era a quarta partida consecutiva fora de casa, número que chegaria a SEIS. Em Três Corações, o torcedor se sentia como aquela esposa em que o marido foi comprar cigarros e nunca mais voltou. Mas a paixão é grande, ele volta, segura aí. Ao todo, foram três jogos em casa e OITO fora, contando o certame inteiro.

A surpreendente vitória contra o América-MG, a primeira em VINTE E NOVE ANOS de um time de Três Corações contra um time de Série A do Brasileiro, deixou todo mundo em paz com o Catanoce (ou Catanosse, Catanócio, RECLAMA LÁ!), e o time se afastou um pouco da zona do descenso. Em ato novamente de muito carisma da página do Facebook do time, alguém gastou alguns preciosos minutos fazendo uma bonita imagem no Photoshop para celebrar a posição na tabela no meio do campeonato: VIVA O SÉTIMO LUGAR.

Jogo seguinte, contra a URT, fora de casa pra variar, o gol no último minuto tirou do Tricordiano a chance de levar um pontinho pra casa, seja lá onde ela fosse nesse momento, do melhor time do interior em 2016. Um pênalti claro não marcado gerou a fúria da diretoria que resolveu anunciar minutos depois do apito final, do nada, a intenção de ABANDONAR o campeonato por indícios de manipulação de Federação Mineira de Futebol. A FMF deu 24 horas para a diretoria se explicar, resolveram dar a desculpa que a página não era oficial (ela era, segue sendo, inclusive), e que tudo não tinha passado de um mal-entendido. A página do Facebook apagou o comunicado, ficou uns dias calada sem postar nada e segue o campeonato. Tipo o sujeito que posta algo bêbado, a namorada acha ruim, ele apaga e o relacionamento continua, porém um pouco mais conturbado. 


Vivo e DECIDIDO A FICAR, o Tricordiano ganhou fôlego com uma vitória contra o Uberlândia na última das seis partidas consecutivas longe de Três Corações. Um parêntese para destacar a trajetória do Uberlândia no campeonato: começou virando líder com quatro vitórias seguidas, terminou quase rebaixado com SETE derrotas consecutivas.

Com nove pontos, faltando três jogos, sendo dois em casa contra times pequenos, e a derradeira partida contra o Atlético-MG, no Independência, parecia razoável pensar que duas vitórias em casa seriam tranquilas e o Tricordiano se livraria do descenso antes de cair morto no Horto.

Veio o Villa Nova, um bom time, e de bonito foi só a festa do reencontro com a torcida: 1 a 1. Ainda dava. Mas tinha que vencer o Tupi, time cambaleante como o Tricordiano, mas no Caldeirão do sul de Minas. Nada do Tricordiano sai como esperado: deu Tupi, um a zero, no jogo mais bagunçado da paróquia.

Parece que o juizão não deu um pênalti para o Tricordiano, mas isso só veio mesmo a enfurecer torcida e, principalmente, o presidente, depois dos 31 minutos do segundo tempo, quando Hiroshi acertou um chute fantasma, tipo daquele que valia um milhão no GOL SHOW, no ângulo, o gol da vitória.

Do estádio, vi o presidente Gustavo Vinagre invadir o campo vestindo uma bermuda curta, camisa coladinha e um boné aba reta super prateado e reluzente que dizia: V.I.P.S. Batia no peito e encarava o juiz, e parte de mim se satisfazia naquele momento em que um homem vestido como alguém que veio de baixo e está no poder se impunha sob os olhos de toda a cidade. Como no texto que escrevi ano passado, há uma questão elite/povão em Três Corações, rivalizada pelo Tricordiano. Com o povão no poder no futebol, muitos se incomodam e não veem naquela diretoria representantes do time da parte rica da cidade em que pertencem. Na súmula do juiz, revelada no dia seguinte, essa turma ganhou argumento.

O presidente se AUTOPROCLAMOU bandido e ameaçou o juiz de morte, segundo o documento. Absurdo que praticamente invalida e destrói o folclore de se ter um alçapão capaz de amedrontar adversários. A súmula (absolutamente bem escrita, o juiz tem uma capacidade narrativa incrível que ENTRETÉM. O rapaz devia ganhar concursos de redação no colégio) ainda descreve como o MAQUEIRO e o gandula desrespeitaram o árbitro e como todos os apitadores tiveram que fugir de Três Corações escoltados, por 100km, pela PM, e só puderam confeccionar a súmula em Belo Horizonte. Tudo isso resultou na interdição do estádio e na “maior denúncia na história do TJD”, segundo o procurador. Por todo o Brasil, o Tricordiando ficou MAL FALADO, e isso significa muito na cabeça do matuto mineiro, acreditem.

O fim. Que fim.

Quando chegamos ao Independência para o jogo final, contra o Atlético-MG, no domingo, chegamos como chegaram os apoiadores de Collor na votação do impeachment de 1992. Derrotados. Discutíamos a possibilidade de perder de pouco. Contávamos com outros dois resultados para que pudéssemos comemorar a permanência na elite enquanto Cazares fazia o terceiro ou o quarto gol para o Galo. Se o Horto é a terra do “eu acredito”, os visitantes não acreditavam de jeito nenhum. Ainda mais com o Victor voltando.

Na portaria, o segurança já avacalhou: “e esse seu presidente, hein? Que vergonha!”. O polícia que me revistou soltou um “se passar seu presidente aqui vou revistar melhor né, vai que ele tá trazendo alguma coisa”, soltando um risinho raro de se ver nos homens da lei de BH.

O gol do Atlético e os outros resultados no começo do jogo sugaram nossa energia tal qual um dementador do Harry Potter. O Tricordiano passou 17 minutos rebaixado no primeiro tempo, até empatar, improvavelmente, a partida. O ainda mais improvável segundo tempo com a virada surrealista, o 3 a 1 e a convivência por intermináveis minutos com a certeza de que a vaca voltaria para o brejo, como costuma voltar, foram uma das melhores e das piores coisas que já vivi dentro de um estádio de futebol. “Aha, uhu, o Independência é nosso”, gritava eu, MORRENDO DE MEDO.

Robinho fez 3 a 2 aos 48 porque se a vaca não volta, ela pelo menos RECUA sempre, mas no minuto seguinte o Tricordiano fez 4 a 2 e explodiu os três corações, dois já sucumbidos aquela altura, de quem estava no estádio ou na cidade, que dizem, ouviu um buzinaço ensurdecedor. Ninguém acreditou, nem no Bar do Russo, na Praça do Pelé, nem no Bar do Jaime, nem no Bar do Boi, do ladinho do estádio de Três Corações.

Percebemos então que o Tricordiano, de virtual rebaixado no primeiro tempo, estava em SEXTO LUGAR, se classificando para uma inédita participação no Campeonato Brasileiro da Série D. Mas aí, porque azar sempre vem quando a sorte desconfia, a Caldense fez um gol no último minuto contra o Tupi e ficou com a vaga. Quem liga? Como se chatear numa situação dessas, ainda mais se, ao mesmo tempo, ARNOLD, nosso atacante reserva faz o QUARTO gol nesta FORÇA DA TERRA chamada “Clube Atlético Mineiro jogando no Independência”? Hasta la vista, baby, como disse o Fantástico, e como é gostoso ver os gols do seu time no Fantástico (há 22 anos isso não ocorria). O Tricordiano foi o primeiro time a fazer quatro gols no Galo jogando na nova arena do Horto. O nono clube da TERRA a ganhar deles lá.

Pra quem celebrou sétimo lugar no meio do campeonato como se fosse título, celebrar no fim, e ainda desse jeito: é Copa do Mundo, amigo. Três Corações é a terra do Tricordiano a partir de então. E daquele tricordiano famoso também, o Pelé. 


Fonte: THALES MACHADO
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Vídeos: Goleada do Galo Tricordiano no horto

Vídeos: Goleada do Galo Tricordiano no horto
O Tricordiano encerrou a sua primeira participação na elite do futebol mineiro na sétima posição. Livre do descenso na última rodada, a equipe de Três Corações acabou vendo Guarani-MG e Boa Esporte sendo rebaixados para a segunda divisão.


Reveja os vídeos da goleada do Tricordiano sobre o Atlético Mineiro no Independência.

Escalação da equipe

Gols da partida

Melhores momentos

Narração da partida 

Fonte: Blog GALO TRICORDIANO
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Fotos: Atlético Mineiro 2 x 4 Tricordiano

Fotos: Atlético Mineiro 2 x 4 Tricordiano
Com a vitória, o Tricordiano se salva do rebaixamento e termina o campeonato na sétima posição, com 13 pontos. Já o Atlético terminou a primeira fase com a segunda posição, com 20 pontos. 




 






























Fonte: Blog GALO TRICORDIANO
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Tricordiano ganha com autoridade

Tricordiano ganha com autoridade

No retorno de São Victor, quem faz 
o milagre no Horto é o Tricordiano

Capitão leva quatro gols na volta ao Atlético-MG após se recuperar de cirurgia no joelho. Resultado garante o time de Três Corações no Módulo I do Mineiro

Por Belo Horizonte





Se milagres acontecem, quem foi ao Independência viu dois de perto. O primeiro foi o retorno de “São Victor” ao gol do Atlético-MG, depois da rápida recuperação de uma cirurgia no joelho direito. O segundo foi a vitória do Tricordiano, por 4 a 2, que livrou o time do Sul de Minas do rebaixamento ao Módulo II do Campeonato Mineiro.
Quando Cazares abriu o placar para o Atlético-MG, o destino do time de Três Corações parecia selado, já que os resultados naquele momento indicavam a queda. Mas quis o destino - e o fraco futebol apresentado pelos reservas de Diego Aguirre - que a equipe do interior alcançasse um triunfo inesperado com os três gols de Marcinho, Juninho, Marquinhos e Arnold. Robinho ainda descontou para o Galo.
Assim como iniciou a rodada, o Galo terminou a fase de classificação em segundo, com 20 pontos. Vai encarar a URT, de Patos de Minas, com o primeiro jogo das semifinais sendo no interior. O outro embate será entre Cruzeiro e América, com a equipe celeste tendo a vantagem por ter terminado na liderança.
Para o Atlético-MG, era uma espécie de jogo-treino, já que alguns jogadores utilizaram a partida para se manter ou buscar um melhor ritmo de jogo. Casos de Victor, Cazares e Tiago, que vão encarar o Melgar, na próxima quinta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Mineirão.

O goleiro atleticano foi a grande novidade da partida, já que se recuperou em tempo recorde da cirurgia no joelho direito, que o afastou de sete partidas. No primeiro tempo, o torcedor vibrou com a primeira defesa do camisa um. Uma espécie de “graças a Deus pelo retorno”, já que Uilson não agradou nos três jogos que defendeu a meta atleticana.
O primeiro tempo foi sonolento. Cazares, de pênalti, para o Galo, e Marcinho, após boa jogada de Juninho, para o Tricordiano, modificaram o placar, mas não o empate do começo da partida. No início do segundo tempo, o Tricordiano alimentou a esperança de manutenção na elite do futebol mineiro com o gol de Juninho, de pênalti. Que aumentou ainda mais com um belo chute de Marquinhos, que encobriu Victor. 
O tempo ia passando, o Atlético-MG ia tropeçando nos próprios erros e na trave de Marcão. Lucas Cândido e Clayton carimbaram o poste do goleiro do Tricordiano. E o sonho da permanência ia aumentando. Robinho, que entrou no segundo tempo, ainda diminuiu, mas Arnold, logo ampliou. Vitória histórica no Independência!
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Galo fica com a vaga se houver desistência

Galo fica com a vaga se houver desistência

Do inferno ao céu: Tricordiano surpreende e quase pega a Série D

Vitória por 4 a 2 sobre o Atlético-MG livrou time de Três Corações do rebaixamento e por pouco não classificou o clube para a disputa de sua 1ª Série D

Por Três Corações, MG
O Tricordiano foi aos extremos em menos de uma semana. Depois de dias tensos devido às ameaças do presidente do clube contra o árbitro após a derrota para o Tupi-MG, o que fez com que o clube fosse denunciado pelo procurador do TJD, a equipe mostrou que não se abateu e neste domingo conseguiu uma verdadeira façanha, ao vencer o Atlético-MG por 4 a 2 no Independência. O Tricordiano se salvou do rebaixamento e por pouco não conseguiu uma vaga inédita para a disputa da Série D do Brasileiro. 


Um dos destaques da partida foi o lateral Marquinhos. Aos 8 do 2º tempo, o lateral tentou cruzar, mas acabou fazendo um golaço, encobrindo o goleiro Victor e morrendo no ângulo. Àquela altura, o Tricordiano fazia 3 a 1 contra o Galo.



Marcinho, Juninho Arcanjo e o camaronês Arnold também deixaram o deles e ajudaram na vitória do Tricordiano. A vaga não veio, mas para uma torcida que passou por poucas e boas nesta competição, o resultado final foi de fechar o campeonato com chave de ouro. 



O Tricordiano termina o Campeonato Mineiro na 7ª colocação, com 13 pontos.

Atlético MG x Tricordiano, lance (Foto: Cristiane Mattos/Futura Press)Atlético MG x Tricordiano, lance (Foto: Cristiane Mattos/Futura Press)
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